sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ideal X Real

Art. 1º da Lei de Execução Penal
A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado
Art. 3º da Lei de Execução Penal
Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei.

Está clara a verdadeira intenção, não só da LEP, mas também da Constituição Federal e do Código Penal Brasileiro, de garantir o cumprimento da lei durante o processo de execução da pena, assegurando que o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana seja devidamente garantido em benefício dos apenados ou dos internados.
No entanto, a perfeição, a delicadeza e a sensatez dos códigos não são refletidas na realidade vivida por milhares de presidiários que são obrigados a viver ou sobreviver em situações subumanas. A verdade é que a degradação humana é, realmente, encontrada nos presídios brasileiros na figura do descaso com os homens que, embora tenham cometido atos transgressores, não deixaram de ser homens, dos quais o único direito atingido, de acordo com a LEP, foi o da liberdade.
A estrutura ineficaz dos presídios é uma das principais inquietações do sistema penitenciário, seguido da superlotação que, por sua vez, torna mais difícil os serviços carcerários. A falta de espaço, a higienização inadequada dos cômodos, a alimentação irregular e a ociosidade condicionam ao preso lutar pela sobrevivência sem a assistência do Estado. Este que deveria prezar pela dignidade do apenado, implantando medidas educativas e ressocializadoras, apenas fomenta a violência, o descontrole e a precariedade tanto da estrutura concreta do sistema quanto do apenado.
A pena, que deveria ser de cunho ressocializador, tornou-se uma maneira de incentivar o crescimento da revolta e do sentimento agressivo do preso. O Estado esquece que o homem não deixa de ser homem só pelo fato de ter violado uma regra do próprio órgão administrador, porém pior do que o descaso estatal é o silêncio da sociedade diante de tal atitude. O interessante seria “jogar” os bandidos na cadeia para “mofar” e assim aprender que a lei deve ser respeitada, o interessante é fazer o mesmo mal que o condenado fez a sociedade, é o chamado “olho por olho, dente por dente” e por fim soltá-lo para que ele possa praticar, novamente, a violência e espalhar a sua periculosidade até ser enclausurado de novo. É uma idéia absurda, mas é assim que o estado agi e é isso que a sociedade aceita calada, uma idéia do período antigo que vigora em pleno século XXI.
O homem deve ser tratado como um homem e enquanto o Estado fazer vistas grossas, o sistema carcerário será sempre visto como um local de tortura, não deixando nada a desejar aos calabouços e as estruturas sombrias da Idade Média. É uma pena quando se pensa em quantos jovens poderiam ser restaurados se as penitenciárias brasileiras fossem integradoras e não segregacionistas sociais.

sábado, 9 de outubro de 2010

VIVA AO "VOTO LIVRE"!

Depois do dia 3 de Outubro, escutei vários candidatos eleitos agradecendo aos eleitores os votos recebidos, votos esses considerados livres pela sociedade e, evidentemente, pela Constituição Federal de 1988. No entanto, a liberdade de escolher seus próprios candidatos pode estar obscurecida pela falta de pensamento crítico dos eleitores; uma pena essa realidade vigente em um país onde o direito de voto demorou muito para ser expandido ao povo brasileiro.
Segundo Luc Ferry,a filosofia estóica dizia que quanto maior a busca e a absorção de conhecimento melhor serão as condições de vida do indivíduo e mais fácil será o alcance da salvação; o ilustre filósofo francês se referia a busca da salvação pela razão- claro, em outro contexto- mas adquiro a liberdade de usar esse raciocínio para enfatizar a realidade referida no primeiro parágrafo, uma vez que o significado do termo salvação citada por Ferry pode ser permutada para a salvação como bem-estar social proferido por uma boa administração pública.
Não obstante, o desinteresse da maior parte da população pelo sistema político do país tem ofendido o livre arbítrio dos cidadãos, visto que a escassez de consciência torna mais freqüente a faculdade de coação daqueles que usam o sistema eleitoral para favorecer seus próprios desejos, assim o tão falado termo “voto livre” se mostra incoerente diante da vulnerabilidade do eleitor “inepto”. Fica mais fácil ludibriar a população com falsas promessas, além de subornar o voto dos eleitores, fato que é presenciado de forma corriqueira no Brasil. Diante disso, a salvação da miséria, da pobreza, desigualdade, desemprego e de incontáveis mazelas vigentes no país vai sendo conservada por gerações mediante os erros dos administradores eleitos pelo “voto livre” do cidadão brasileiro.
É preciso mudar essa realidade no país, abrir os olhos da população a fim de usar a verdadeira liberdade que está escrita na Carta Magna Brasileira em vigência, além de buscar a salvação de políticos demagogos que só visam saciar as vontades individuais.

sábado, 2 de outubro de 2010

DUAS FACES DA MESMA MOEDA

O sistema globalizado vigente tem facilitado bastante as trocas comerciais e- consequentemente- o crescimento do mercado consumidor. No entanto, esse sistema tem contribuído para a expansão de costumes que antes eram restritos a certas culturas. Não se trata apenas da difusão de fast-foods, da cultura individualista ou consumista, mas também da ampliação do uso de entorpecentes que eram usados, anteriormente, para rituais religiosos ou como medicamentos. São as drogas um dos principais problemas sociais no âmbito da saúde, da segurança e até da família.
“Ela destrói sentimentos nobres, como o amor pela família e torna o indivíduo um escravo de suas vontades”, são palavras de uma mãe que viu seu filho mergulhar em um mundo ilusório mediante a utilização do crack. Essa mãe, entrevistada pelo Domingo Espetacular na noite do dia 29 de Agosto de 2010, presenciou a imagem da verdadeira degradação humana em seu lar; foi vítima de um perturbador da saúde pública e da negatividade do sistema globalizado- que acelera a movimentação de produtos tanto lícitos como ilegais.
O crack, só para citar um entorpecente de alto teor destrutivo, vem desmoronando a estrutura de milhares de famílias no Brasil, vem fazendo delas meras migalhas da instituição mais arcaica e mais importante que ainda vigora, além de alargar o número lastimável de jovens que vão a óbito tendo as drogas como o principal causador. Essas poucas linhas eram só para mostrar as contradições presentes nos atos humanos, visto que a difusão de culturas não só “uniu” inúmeras nações, como também vem “separando” diversas famílias.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Espaço do Leitor

POR: Iram de Oliveira - Geografia.

A educação pública no Brasil está em declínio, apesar de não ser mais surpresa mantermos a esperança de um dia quem sabe melhorar. As provas do ENEM confirmam o que já se comentavam em bastidores. À falta de investimentos dos governos como também consecutivos erros de prioridade ex: investir no ensino superior em vez da educação de base. Que realmente no segundo caso, está as favas. A forma de aplicação dos conteúdos é absolutamente "arcaica", assim dificulta o aprendizado do aluno(a) entre outras, afasta os mesmos da sala de aula, é preciso reciclar, começando pelos os educadores, mudar sua postura, forma de agir, de pensar, comportamentos etc. Hoje vivemos na era da informática, estar nos lares das pessoas, lan-house da vida, já nascem com isso no dia-dia. Informática é a questão (informação) mais essa tecnologia ao nosso ver, ainda não chegou na escola. A escola tem que ser o lugar da mudança, da transformação, a escola não pode deixar que essa mudança parta dos marqueteiros oficiais. Das empresas, das novelas da Globo, enfim, do empresariado em geral. Né mesmo? Entendemos o porquê dos governantes priorizarem outras áreas para investir em vez da educação, deve ser porque a educação não renda preciosos votos, é que o sujeito letrado (esclarecido) geralmente tende a votar na oposição. É preciso mudar esse pensamento, pois nenhum país do mundo tornou-se grande potência econômica sem antes fazer sua revolução educacional.

Entenda que não estamos falando de investimentos, prioridades em prédios, escolas, quadras cobertas, isso não. É sim no material humano, no professorado. Precisamos de educadores que estejam comprometidos com o ensino, e o professor precisa acompanhar as mudanças sociais e a evolução do conhecimento, a fim de se manter constantemente atualizado. O educador não pode acreditar na sorte e sim em DESEMPENHO. É certo os professores evoluírem e achar uma nova forma (atualizada) de transmitir os conteúdos para os alunos(as), já que "piscina e quadra coberta não ensina, quem ensina é gente" (Claudia Costin). Obrigado.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Relação entre pais e filhos


Esse é um assunto tratado de forma corriqueira dentre a sociedade, visualizando as mudanças na interação entre pais e filhos que ocorreram ao longo dos anos e as principais dificuldades em manter essa relação saudável e respeitada.
Ressaltarei, primeiramente, a mudança de conduta da família com o passar do tempo, tanto os genitores quanto a prole tem permutado sua forma de ver as relações sociais; o que antes era normal os pais definirem a conduta dos filhos diante da sociedade, como escolher a profissão, as amizades e- muitas vezes- os parceiros, hoje, isso é visto como uma forma arbitrária de educar, principalmente se esses filhos já forem adolescentes ou jovens adultos.
Em pleno o século XXI, o diálogo é o principal instrumento de convivência familiar, impor a vontade dos pais aos filhos consiste em uma reação retrógrada. Claro, o respeito, os limites e as regras devem ser colocados de uma maneira que todos sejam conscientes de que isso serve para o bem da família. É correto afirmar que um dos principais problemas que afligem o seio familiar é a ausência de diálogo, de respeito e, em especial, de compreensão; é visível a preocupação dos pais em querer estarem à pá da vida social dos filhos, no entanto, a escassez de iniciativa faz com que haja uma segregação doméstica.
Convém lembrar que é notório a falta de interesse da família em se interagir, os pais não conseguem conhecer seus filhos a fundo e vice-versa, como conseqüência não entendem, em geral, o porquê que os últimos tiveram certas atitudes. O Brasil vive, hoje, uma democracia e muitos sentem orgulho em pronunciar essa palavra, entretanto, não é pronunciada- geralmente- no seio doméstico, aprender a OUVIR também é imprescindível para o bem-estar social, a compreensão mútua vem em seguida a fim de estabelecer um convívio estável e amoroso entre pais e filhos. Portanto, pais! Ouçam mais e filhos! Se expressem mais.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A "abertura mental" da sociedade

Inicia-se hoje (03/08/2010, Terça-Feira) a 6ª edição da Feira do Livro de Mossoró (RN) que se estenderá até o dia 09/08 (domingo), recebendo escritores e artistas para a realização de palestras e conferências a fim de proporcionar um evento educativo para a população mossoroense. Segundo periódicos da cidade, a freqüência de cidadãos nesse evento tem aumentado anualmente, não só a presença da população, mas também a demanda pelos produtos oferecidos no evento. Esse fato demonstra na prática a afirmação de muitos pesquisadores do país: o número de eleitores e a freqüência da leitura têm se acentuados gradualmente.
O ingresso da leitura na vida dos brasileiros tem mudado a perspectiva do país, mesmo de forma tímida, uma vez que a visão de um indivíduo que faz da leitura um hábito constante é mais consistente do que aquele que torna o conhecimento cultural um fato secundário em sua vida. Em função disso, uma sociedade mais consciente de que o livro pode ser uma ótima companhia proporcionará uma nova realidade para o Brasil. Os níveis de escolaridade, consequentemente, aumentarão junto com o padrão de vida social, visto que- em geral- quando maior o conhecimento maior a capacidade de obter uma vida profissional estável e confortável.
Pode parecer repetitivo, mas é necessário falar que a diferença dos países ricos em relação aos pobres também reside na educação e não só no PIB per capto, os primeiros são marcados por uma sociedade que dá relevância ao hábito de ler, enquanto os últimos são fichados pelo tênue incentivo à educação.
É pelo incentivo ao conhecimento que os mossoroenses têm uma ótima oportunidade de se aproximar da informação nesses dias em que a Feira do Livro estará em vigor, no entanto, o ideal seria perpetuar esse interesse o ano todo, visto que para enriquecer culturalmente não há hora e nem período, se se tornando fato acentuará constantemente as perspectivas dos cidadãos, tornando esses propulsores de um país em crescimento.

terça-feira, 6 de julho de 2010

BELEZA: ATÉ QUANDO?

A relevância que a sociedade atual proporciona ao culto pela boa forma mostra-se assaz demasiada. Homens e mulheres bonitas chamam atenção por onde passam, sendo admirados e requisitados pelos telespectadores, herança herdade dos gregos que mantinham o vigor físico essencial para a qualidade de vida; no entanto, até onde essa beleza é importante para as relações humanas?
É certo que pessoas bonitas se tornam mais interessantes em curto prazo, a maioria- em geral- tem interesse em conhecer e se relacionar com elas quando as vêem pela primeira vez. Entretanto, à medida que o tempo transcorre, a beleza acaba perdendo o brilho dando lugar para outros quesitos que são, verdadeiramente, importantes para manter uma relação interpessoal. O carisma, a simpatia, a capacidade de tecer sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, estudos enfim, são quesitos exigidos após a admiração pelo físico.
Não só nas relações entre pessoas, mas também no mercado de trabalho essa realidade é verificada, a boa aparência é julgada em primeira instância, depois vem a capacidade profissional do candidato a vaga de emprego. Vale, ainda, salientar que uma pessoa inteligente e bonita quase sempre tem êxito no mercado, não obstante a beleza tem prazo de validade e o que realmente se torna relevante é a excelência do trabalho.
Isso mostra que a sociedade hodierna, embora venha cultuando bastante a beleza física, não a torna unicamente importante, é preciso complementos que mantenham a admiração e o respeito dos terceiros, “derrubando”, gradualmente, a hipocrisia impregnada na essência humana e dando relevância ao caráter e à conduta moral das pessoas.
Assim como dizia William Shakespeare: Ó beleza! Onde está tua verdade?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Um mundo mais consciente

A consciência de que um meio ambiente saudável significa presar pela qualidade de vida da sociedade vem se tornando mais freqüente entre a população mundial. Exemplo disso é a iniciativa de alguns jovens universitários que projetaram uma casa ecologicamente correta, segundo a Revista Época, esse projeto não irá ficar apenas no papel, uma vez que a construção da residência está sendo prevista pelos próprios estudantes. Esse ato foi protagonizado por alunos de universidades públicas do sul e sudeste do Brasil.
Uma juventude consciente é o que se vê em iniciativas como essa, demonstrando que a nova geração de profissionais vem a cada dia se qualificando para atender às futuras exigências do mercado, que tende a ficar mais rigorosa em relação ao bem-estar ambiental e social.
Países europeus são os principais ativistas que visam ao investimento em energias renováveis. Embora a crise de 2008 tenha atingido demasiadamente a economia dessas nações, o incentivo a geração de energia salutar tem sido priorizado. Nas escolas, a educação ambiental também tem sido muito utilizada para introduzir a sustentabilidade nos futuros profissionais do mercado. Empresas preocupadas com o desenvolvimento sustentável vêm se tornando presença no espaço laboral. Essa é a realidade atual, embora muitos avanços ainda estão à espera, a conscientização vem crescendo gradualmente.
O incentivo a sustentabilidade, no Brasil, ainda é tímido; paradoxo lamentável, visto que a nação brasileira é umas das mais ricas em biodiversidade, tanto na fauna quanto na flora, as principais florestas tropicais localizam-se nesse país e os investimentos para sua preservação são escassos e ineficientes. Enquanto os administradores brasileiros, juntamente com os cidadãos, não souberem o verdadeiro valor de suas riquezas, atitudes ignorantes, como desmatamento descontrolado, queimadas e insustentabilidade ambiental iram continuar em vigência no país.
Mesmo que haja, felizmente, atitudes respeitáveis como a dos estudantes brasileiros citados no primeiro parágrafo, é lamentável a inércia do Brasil diante dos crimes ambientais praticados contra sua biodiversidade, mostra que o país tem muito o que aprender com o continente rico.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Em busca da Justiça



Em Agosto de 2010, começarei minha tão sonhada faculdade de Direito, estudei e me esforcei três anos da minha vida em busca dessa realização; no entanto, já vejo alguns desgostos que essa área pode proporcionar ao profissional do Direito.
O fazendeiro Regivaldo Galvão, condenado 30 anos pela morte da missionária Dorothy Stang, está recorrendo ao processo em liberdade, mesmo com a confissão dos quatro capangas que participaram do homicídio e mesmo com a tentativa de falsificar provas de sua inocência, esse cidadão permanece em liberdade licitamente. Esse fato demonstra a vigência de falhas nas leis brasileiras, falhas essas que protege com a impunidade tais burladores das leis.
O que será que faltou para que Regivaldo Galvão cumprisse a ordem judiciária? Mais clamor popular? É visível a participação dos cidadãos no resultado do julgamento dos Nardonis, uma vez que o respaldo da mídia e a voz da população tornaram-se um peso para a condenação. O ideal seria que a justiça – finalidade essencial do Direito- fosse aplicada a todos sem distinção e que as brechas deixadas na legislação fossem preenchidas de forma consciente.
Casos como o de Regivaldo Galvão repetem-se diariamente sem o conhecimento popular; entretanto, a busca pela justiça tem que ser permanente, ausentando o conformismo e colocando em prática a busca pelos direitos do cidadão. Segundo Rudolf Von Ihering, “cada qual é um lutador nato pelo direito”, ou seja, cada cidadão tem o dever de lutar bravamente pelo cumprimento da lei, não deixando que fatos decepcionantes como esse prevaleça na sociedade. É por isso que a faculdade de Direito “vale a pena”, para que eu possa, com a permissão jurídica, lutar pela prevalência do direito e pela moral da sociedade que resido. É em busca da justiça que vou iniciar minha militância nos bancos universitários.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

SERÁ QUE A FICHA ESTÁ CAINDO?

Segundo pesquisa feita pelo Ibope, a educação básica está na lista de prioridades para as eleições de 2010, a preocupação com esse estágio do ensino tem aumentado entre os cidadãos brasileiros. Diante disso será que é correto afirmar que os brasileiros estão, realmente, conscientizando-se de que o ensino básico é tão importante quanto o ensino superior, tendo que ser investido e capacitado tanto quanto este?
É fato que o governo atual tem se mostrado muito atencioso com a educação técnica- mediante a abertura de muitas escolas dessa área- e superior, devido a projetos que integram jovens em faculdades particulares (PROUNE), porém, é correto, que o ensino básico tem sido esquecido pelos administradores. Estruturas decadentes, professores incapacitados e mal remunerados, juntamente com o desinteresse dos discentes são consequências do descaso com esse setor, realidade infligida- em geral- pelo uso incorreto de verbas destinadas para a área.
A sociedade precisa entender que um ensino básico deficiente acarreta dificuldades nas outras etapas escolares, uma vez que uma é complemento da outra, são etapas interdependentes. Foi dando essa atenção a escola básica que os Estados Unidos, Japão e países europeus conseguiram ascender sua sociedade, já o Brasil está atrasado em relação a isso, sendo um dos fatores que distingui essas nações.
A maioria dos países que apresentam uma economia estável e consistente teve como base principal o investimento na educação, não priorizando os estágios, como o Brasil fez, mas distribuindo- equitativamente- o capital. Portanto, com essa conscientização, o país tende a ascender gradualmente sua atividade econômica, sendo os cidadãos brasileiros peça chave para que essa prioridade se torne um fato na vida da população.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

AOS VESTIBULANDOS DE PLANTÃO!



É comum entre os estudantes visarem os exames vestibulares como a decisão de sua vida, e na verdade, é mesmo, em geral, resolve-se um ano de sua vida ou a sua vida em uma simples prova; no entanto, esse papel relevante dado a essa etapa pode pressionar os alunos, fazendo com que o nervosismo e a insegurança prevaleçam, consequentemente, esses distúrbios emocionais tende a prejudicar seu rendimento nos estudos e no resultado dos exames.
Sinto-me habilitada em tecer sobre as dificuldades para a preparação para o vestibular devido à experiência própria. Como muitos, não consegui êxito no primeiro exame, nem no segundo, apenas no terceiro vestibular consegui sucesso e fui admitida da universidade como 1º lugar geral no curso de Direito da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte em 2010. Muitos perguntaram como eu fiz para conseguir esse resultado, a resposta é sempre a mesma: Estudo, dedicação e, principalmente, foco.
É verdade que existem momentos de puro desespero e a vontade de desistir é intensa (passei por isso inúmeras vezes); entretanto, essas passagens é fruto do cansaço, o importante, nessas horas, é parar um pouco, descansar, recuperar as energias e não deixar que esses sentimentos pairem sobre você. A perseverança é imprescindível para o sucesso, seja no vestibular ou em qualquer outro momento da vida.
A autoconfiança também é uma característica essencial, acreditar que você é competente e capaz de alcançar seu objetivo tem assaz relevância para o controle emocional, pode parecer repetitório, afinal muitos alegam isso, mas é verídico.
Um problema que ninguém está esquivo é a preguiça, um dos sete pecados capitais que prejudicam demasiadamente a preparação pra os exames, vencer esse obstáculo é muito difícil para um simples estudantes, mas é preciso. A receita é concisa, estabelecer metas e rotinas para cumpri-las.
Escrevi esse texto a fim de passar um pouco da minha experiência para os que estão passando por essa etapa decisiva, acreditem! vocês podem! e não deixem que ninguém subjugue você devido a uma reprovação, erga a cabeça e comece tudo de novo, é o seu futuro, desistir dos seus sonhos é abdicar de um futuro realizado.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Israel ataca!

Na segunda-feira (31/05), Israel promoveu ataques em embarcações que visavam ajudar a população da Faixa de Gaza através de mantimentos de primeira necessidade. O país alega que os tripulantes eram criminosos e que Israel tem o direito de defesa, embora as embarcações estivessem em águas internacionais. O fato é que os tripulantes dos navios eram militantes da paz que foram barrados pela “tirania” israelense que, por sua vez, mantém Faixa de Gaza isolada e em estado de degradação.
Quem é bem informado sabe que a Faixa de Gaza se tornou um Cativeiro de Israel, fazendo analogia ao Cativeiro da Babilônia – época da história que os hebreus tornaram-se cativos dos neobabilônicos na Antiguidade – os cidadãos islâmicos, que residem nessa área, sofrem com falta de água, alimentação, higiene além de escassez de materiais para reconstruir a cidade. Israel alega que Hamas (grupo que controla a Faixa mediante o terrorismo) deve ser contido, estendendo as pressões para os civis.
O fato é que o governo israelense não vê que a história está se repetindo, a mesma analogia do Cativeiro da Babilônia se repete com o Holocausto, milhares de judeus foram mortos nas mãos dos nazistas no século XX, hoje, no século XXI, o holocausto à vida de centenas de islâmicos é praticado com freqüência.
Na verdade, Israel não aprendeu com sua história, tem lutado por seus direitos de maneira retrógrada e insana, repetindo o terror que seu povo sofreu no passado. A diplomacia é uma porta aberta para a paz, mas o governo israelense- infelizmente- não sabe disso.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Diamante de Sangue



Ontem (25/05) assisti a esse filme pela segunda vez e, ainda sim, consegui ficar horrorizada com as cenas de conflitos e chacinas explícitas que, em geral, ocorrem em áreas de tensão na África. É vergonhoso perceber o quanto a humanidade se acostumou a ver essas cenas sem sentir horror ou repugnância de quem financia todos esses devaneios. O paradoxo é ver armas de última geração e tecnologia de ponta em locais onde a miséria e a degradação humana são intensas, uma criança que mal tem o que comer aprende a manejar uma arma de “primeiro mundo” com o intuito de “defender” o país mediante o terror.
Enquanto os homens cultivarem o uso de armas e terrorismo, a submissão humana vigorará intensamente; submissão à ignorância e à falta de humanidade vigente nas pessoas. Infelizmente, o conformismo inerente aos homens tem alimentado essa realidade retrógrada e vergonhosa, fazendo da sociedade o agente da passiva, mas também o sujeito paciente desse fato; mantendo presente a voz reflexiva.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

13 de Maio

Foi, segundo historiadores, exatamente nessa data que a princesa regente Isabel assinou o decreto que, teoricamente, daria liberdade para os milhares de escravos que deram seus sangues para enriquecer os senhores aristocráticos. A chamada Lei Áurea libertou os negros da senzala, os proporcionou o tão sonhado direito de ir e vir e encheu de esperanças os corações deles. Bonito não? Seria sim, se a realidade fosse de fato essa. A princesa esqueceu algumas coisas: de doar terras para esses ex-escravos sustentar suas famílias, proporcionar educação para qualificar sua mão-de-obra, garantir trabalho de carteira assinada e muito outros quesitos que garantiriam suas ascensões sociais. Hoje, a liberdade que muitos negros têm no Brasil é a liberdade de trabalhar dobrado para garantir um almoço para os filhos, o direito de ir e vir do trabalho pra casa, rezando para chegar são devido à violência demasiada nas cidades, além de sofrer para ingressar em universidades e conseguir emprego devido à intolerância que, contraditoriamente, existe no país.
13 de Maio deveria ser comemorado, veridicamente, no dia em que não tiver mais nenhum negro morrendo de fome, trabalhando em condições insalubres, levando NÃOS “na cara” por sua cor...caso contrário 13 de Maio torna-se mais uma data sensacionalista para enganar a opinião pública, uma vez que os negros não ganharam liberdade absoluta, mas sim a “liberdade” de continuarem submissos aos grande empresários. Felizmente, graças ao empenho e a coragem de lutar pelos seus direitos, os afro-brasileiros estão, gradualmente, mudando essa realidade, porém se sabe que inércia de muitos dificulta esse desenvolvimento, no entanto a sociedade sempre terá esperança de um dia se comemorar o 13 de Maio com muita veracidade, inclusive, faço parte dessa sociedade.

domingo, 9 de maio de 2010

9 de Maio, Dia das Mães

Para mim, é difícil falar sobre o verdadeiro sentido de ser mãe,
afinal de contas não sou, mas, em geral, toda mulher possui o
dom de imaginar a essência da palavra mãe, por isso que me
dou o direito de proferir as seguintes palavras.
Ser mãe é adquirir a consciência de que tem uma imensa
responsabilidade por um outro ser e achar que tudo vale a pena;
Ser mãe é acordar de madrugada, depois de um dia de trabalho,
para amamentar seu filho e conseguir sorri mesmo assim;
Ser mãe é amparar quando seu bebê está dando os primeiros
passos;
Ser mãe é chorar com saudade do filho no primeiro dia no jardim
da infância;
Ser mãe é amparar na primeira e nas sucessivas desilusões
amorosas que parece ser impossível de superar até sentir o
seu abraço protetor;
Ser mãe é ficar mais ansiosa do que seu filho no dia do resultado
do vestibular;
Ser mãe é compartilhar as conquistas junto das "crias";
Ser mãe é amar sem medidas, sem pedir nada em troca, é amar
até quando se decepciona;
Ser mãe é agir por impulso para defendê-lo com unhas e dentes;
É amar seus filhos, os filhos deles e dos outros;
É perdoar e, no dia seguinte, agir como se nada tivesse acontecido
para ver seu filho feliz...
Enfim, diante dessas poucas linhas mostro a minha visão do que,
realmente, o monossílabo MÃE consiste.
Ser mãe é, acima de tudo, dizer " EU TE AMO" sem restrições.
Parabenizar essas mulheres, pela sua bravura, coragem e assiduidade
é o mínimo que elas merecem nesse dia que representa um pequeno
reconhecimento de seu valor.
FELIZ DIA DAS MÃES.

domingo, 25 de abril de 2010

50 anos de Brasília

Na semana passada, a capital brasileira completou meio século
de existência, sendo motivo para várias redes de televisão fazerem
reportagens em sua homenagem, mostrando sua construção, seu
povo - que se dizem orgulhosos de residirem na cidade - a história que
está por trás de muitos monumentos magníficos arquitetados por
Oscar Niemeyer. No entanto, durante 50 anos, a cidade presenciou
fatos que deixaram, e ainda deixam, os cidadãos assaz envergonhados.
Brasília possui 50 anos sediando um país que é marcado pela corrupção
administrativa, assistiu ao Golpe de 64 que foi destacado pela censura,
crueldade e pela subversão da população brasileira, posteriormente, visualizou
a redemocratização do país, que simbolizou a libertação das amarras militares,
entretanto visou o impeachment do caçador de marajás e, hoje, está passando
por uma crise política que embaça ainda mais a imagem do Brasil no interior
e no exterior. Diante disso, será mesmo verdade que seus cidadãos estão
satisfeitos com a realidade do DF? 50 anos de Brasília é realmente motivo
para tanta comemoração? Na verdade, enquanto a perversão política não
for atenuada e os desmandos dos "caçadores de marajás" continuarem, toda
festa e toda manifestação de felicidade será falsa, uma vez que não há graça
em ser usurpados por seus representantes.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

SER ou TER?

Falar do verdadeiro sentido do SER é meio difícil em uma sociedade onde o
TER é assaz relevante. Confundir esses dois verbos é um equívoco corriqueiro.
Ouço muito as pessoas falarem que TER um carro do ano, um som potente,
dinheiro fácil é Ser feliz. Será mesmo que é apenas nisso que se resume a felicidade?
Na verdade, estudamos, nos esforçamos para que um dia possamos viver de forma
digna, mas que dignidade é essa? é a dignidade material? lá vem o verbo TER de novo!
e o SER onde fica? geralmente fica em segundo plano. Claro que é importante buscar
o sucesso financeiro, a vida nos obriga a correr atrás disso, mas refletir sobre a
essência individual também é demasiado importante para conseguir equilibrar as
duas esferas: o TER e o SER.
TER um carro do ano não proporciona satisfação se o íntimo estiver perturbado,
se não há amigos para compartilhar o conforto do automóvel, não adianta TER uma
casa luxuosa se a humildade não habita na sua essência, afastando família e amigos do
convívio. Enfim, o TER está atrelado a falsa idéia da felicidade, que é momentânea e o SER, em geral, está ligado a dignidade moral e a felicidade constante. É neste que a humanidade deve se
espelhar, é este verbo que deve ser pronunciado e refletido com mais frequência, pois é
naquele verbo onde se origina as disputas por terras, o sangue derramado e o vazio existencial
dos homens, tornando o convívio entre eles mais superficial e delicado.
Mas enquanto a humanidade não percebe que está conjugando o verbo errado, sua decadência
continua ocorrendo por vontade própria.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Rio de Janeiro sob tortura

A “cidade maravilhosa” está sendo o centro das atenções, não pelas paisagens deslumbrantes, nem pela sua fama de cidade mais feliz do mundo, mas pelo cenário de tragédia e pelo desespero estampado no rosto de muitos cariocas. Tem sido muito falado que a causa dessa realidade são as torrenciais chuvas que castigam a cidade, mas será essa a real causa de tanta angústia?
A chuva é um fenômeno natural que traz vida e mantém as já existentes, fica difícil afirmar que ela tem matado e torturado muita gente. A realidade é que a natureza só está cumprindo o seu papel, papel esse que foi modificado pela insustentabilidade da ação humana, uma delas – que por sinal é bastante visto no Rio de Janeiro – é a ocupação desordenada do espaço urbano, desrespeitando os limites naturais. E aí vem outra pergunta: A população é culpada por ocupar áreas de risco ou é apenas uma conseqüência da má administração pública? Essa fica fácil responder! Sem o apoio dos administradores, a sociedade (mais carente, é claro) procura meios de remediar a situação precária da moradia que – como já foi dito – entra em choque com os limites impostos pela natureza.
E qual o resultado? Áreas e pessoas soterradas, desespero e lamúrias em um país que é conhecido, mundialmente, pela felicidade estampada no rosto de seus cidadãos. O que sobra é a solidariedade dos pequenos que, mesmo com pouco, procura repartir e a inércia dos grandes diante de tanta tortura.

Nosso Lar Pede Socorro!

O que é um lar pra você?

Bom... Para mim, um lar é onde desfrutamos da companhia de quem amamos e onde passamos momentos de felicidade. Naturalmente, para manter o bem-estar dos moradores é necessário o cuidado para com o espaço que se vive mediante a organização, a boa convivência e a higienização desse. Pode parecer óbvio o que está escrito nessas poucas linhas, na verdade, é óbvio; mas o fato é que nem todos têm a consciência do que eu estou querendo passar, o que se vê - ou melhor – o que eu vejo são as atitudes de uma sociedade inconsciente. Não estou falando de uma casa de concreto que, comumente, abriga uma pequena família, estou falando de uma casa muito maior que abriga uma família com mais de seis bilhões de pessoas, estou tecendo sobre o PLANETA TERRA. Já devem estar cansados de escutar, ler ou falar sobre a ameaça que o nosso lar está passando, também não se fala em outra coisa! Eu, por exemplo, estou falando sobre isso agora! Mas o fato é que nós só sabemos falar, nossos governantes só sabem falar, atitudes incisivas são escassas, conferências e mais conferências são organizadas, planejadas, realizadas, porém ações que minimizem os danos a estrutura do nosso lar são vetadas devido à ganância e o individualismo dos grandes. Todos sabem quem arca com todas as conseqüências da má administração do planeta, é aquele que já sofre com a fome, com doenças crônicas, com a pobreza, a miséria enfim! O PLANETA PEDE AJUDA, A NOSSA CASA INTERCEDE AOS SEUS USUÁRIOS, CUIDAR DELA CONSISTE NA TOMADA DE CONSCIÊNCIA DE QUE PARA UMA VIDA SAUDÁVEL O LAR DEVE SER DEVIDAMENTE HIGIENIZADO.

Iháscara Cardoso.