A relevância que a sociedade atual proporciona ao culto pela boa forma mostra-se assaz demasiada. Homens e mulheres bonitas chamam atenção por onde passam, sendo admirados e requisitados pelos telespectadores, herança herdade dos gregos que mantinham o vigor físico essencial para a qualidade de vida; no entanto, até onde essa beleza é importante para as relações humanas?
É certo que pessoas bonitas se tornam mais interessantes em curto prazo, a maioria- em geral- tem interesse em conhecer e se relacionar com elas quando as vêem pela primeira vez. Entretanto, à medida que o tempo transcorre, a beleza acaba perdendo o brilho dando lugar para outros quesitos que são, verdadeiramente, importantes para manter uma relação interpessoal. O carisma, a simpatia, a capacidade de tecer sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, estudos enfim, são quesitos exigidos após a admiração pelo físico.
Não só nas relações entre pessoas, mas também no mercado de trabalho essa realidade é verificada, a boa aparência é julgada em primeira instância, depois vem a capacidade profissional do candidato a vaga de emprego. Vale, ainda, salientar que uma pessoa inteligente e bonita quase sempre tem êxito no mercado, não obstante a beleza tem prazo de validade e o que realmente se torna relevante é a excelência do trabalho.
Isso mostra que a sociedade hodierna, embora venha cultuando bastante a beleza física, não a torna unicamente importante, é preciso complementos que mantenham a admiração e o respeito dos terceiros, “derrubando”, gradualmente, a hipocrisia impregnada na essência humana e dando relevância ao caráter e à conduta moral das pessoas.
Assim como dizia William Shakespeare: Ó beleza! Onde está tua verdade?
Pois é, ainda bem que beleza tem prazo de validade, beleza é uma das maiores covardias que existe hauhauah, ora quem nasce bonito tem algum mérito? Lutou para conseguir a beleza? O que tem que valer mesmo é aquilo que não tínhamos e conseguimos.
ResponderExcluirmuito bom texto...
é interessante como a sociedade hodierna padroniza e universaliza à beleza estritamente física..pois oq é belo não se restringe apenas o físico,mas concerne outrossim à arte,poesia,música e demais coisas abstratas.Assim, nos leva a refletir sobre o que é belo.Platão já reconhecia a existência de coisas que são belas por si mesmas e que fornecem um prazer puro que não aquele da cessação da dor ou aflição. Sócrates achava que o Belo era uma concordância observada pelos olhos e ouvidos. Kant achava belo sobretudo o natural, as aves, as plantas. E as definições do Belo e do que é Estética, sempre estiveram presentes e foram ampliadas nas discussões filosóficas e artísticas.Não obstante,na sociedade hodierna predomina o ter em detrimento do ser.E o que é mais curioso: cada vez mais, ser belo efetivamente parece importar menos do que parecer belo.Assim,o "eu" despersonaliza-se,perdemos a identidade na medida q temos ou não temos,você passa a ser dependendo do ter,se vc tem vc é,senão vc não é,independente de moral vc torna-se aquilo q deve-ser na orbe sociaL;o que se percebe mais nitidamente é uma transvalorização da moral pela estética,causando uma perda de identidade pela padronização do sentido estrito de beleza da sociedade hodierna,imbuídas de valores vis como: "status social",corpo performático,pele clara e cabelos lisos e bens materiais.Parafraseando o indelével e proficiene dramaturgo francês Victor Hugo,"É o vulgar e velho Narcizo adorando a própria imagem, aplaudindo a vulgaridade."
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