O mundo contemporâneo está demasiadamente conectado de norte a sul, a internet e a digitalização invadiu o cotidiano de milhares de pessoas que as consideram imprescindíveis para a vida social. As crianças aderem à inclusão digital ainda no berço, crescem bastante integradas em um espaço que, teoricamente, deveria fomentar a comunicação. No entanto, ao invés do jovem se mostrar mais interligado com outras pessoas, evidencia-se o isolamento da realidade, fenômeno que arrisco a denominar de auto-segregação em virtude do grande espaço de tempo que os menores dedicam a “navegar na internet”. Assim, brincadeiras como o futebol de rua, que reunia a vizinhança, atrapalhava o trânsito e que tinha como trave os tênis da criançada, não tem mais tanta atratividade diante do realismo dos jogos futebolísticos eletrônicos.
Além da auto-segregação, a cybernética tem contribuído para a violação da intimidade, embora, na maioria das vezes seja uma violação permitida. Sites de relacionamentos que visam saber o cotidiano das pessoas estão cada vez mais presentes nas atividades humanas (inclusive na minha), é como uma agente ou um diário o qual suas opiniões são compartilhadas com centenas de “amigos”.
É relevante lembrar que até a palavra amigo ampliou o seu significado, além de definir aquele que está sempre presente, apoiando e dando a mão quando se precisa, também designa aquele que compartilha o espaço virtual com você, interessante ver como as palavras podem ser polissêmicas, variando de significados conforme o momento e o ambiente.
Finalizo esse texto realçando o quanto a digitalização mundial influenciou e mudou de sobremaneira o comportamento do homem. Se esse fato foi vantajoso ou não me digam vocês.
A ONU declarou o acesso à internet como um direito fundamental do ser humano. Não é mais lazer, apenas; é necessidade. Sem falar no aumento considerável da possibilidade de interação. Por exemplo, eu nunca trocaria ideias com você, querida blogueira, de outra forma. Contemple o poder da Internet e da web.
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