sábado, 26 de março de 2011

PAÍS DESENVOLVIDO


Estrada japonesa logo após o terromoto seguido de tsunami no dia 11 de Março de 2011 e a mesma estrada 6 dias após a tragédia, 17 de Março, hoje essa rodovia funciona normalmente. Como seria se fosse no Brasil hein?

UNIÃO PELO FUTURO


Hoje, no dia 26 de Março de 2011, participei de um encontro trimestral na Capela de Santa Teresinha, juntamente com o grupo de extensão da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Socializando o Direito, do qual eu, satisfatoriamente, faço parte. O objetivo desse encontro foi a união de jovens universitários- que se uniram para expandir o direito na sociedade- com a Igreja Católica em nome de um mesmo fim: a preservação e a reestruturação do meio ambiente.

A Campanha da Fraternidade 2011 tem como tema Fraternidade e a Vida no Planeta, assunto esse que de tal importância tem respaldo mundial devido às grandes mudanças climáticas que os homens vêm provocando e sofrendo. O Socializando o Direito, mesmo sendo uma formação recente, tem lutado para viabilizar o bem-estar social mediante a busca para facilitar a acessibilidade dos direitos humanos, assim nada melhor do que começar a respaldar projetos que visem à restauração ambiental, sendo um requisito essencial para uma qualidade de vida salutar e gerar perspectivas para o futuro.

É visando um futuro menos ameaçador que essa união entre o jovem e a religião foi selada nesta manhã. A religião que, desde a origem humana, tem sido uma grande reguladora das relações antrópicas, obtém a capacidade de influenciar as mais diversas atitudes do homem e, portanto, possui uma facilidade de acesso que faz do homem e da religião um laço bastante firme e com uma assiduidade assaz contundente. O jovem, que tem ao seu favor a sede e a luta pela justiça, possui, consequentemente, a capacidade de falar com clareza e aptidão a língua juvenil, nós temos o privilégio de conversar em níveis iguais com outros jovens, facilitando assim o contato e a troca de experiências que o nosso grupo de extensão tenta propor aos nossos contemporâneos.

O laço do secular influenciador de pensamentos e crenças com a virilidade juvenil busca alcançar tanto os jovens que ocupam os bancos de universidades, quanto àqueles que possuem um alto grau de experiência devido ao grande tempo de vida para alcançar uma sustentabilidade ambiental que vem ano após ano sendo suprimida pela ganância do homem.

Lixos que ocupam lugares de seres humanos e animais, a morte onde deveria existir vida, o desespero onde deveria vigorar a esperança, o individualismo onde caberia o amor ao próximo tem sido a realidade da sociedade que busca progresso em detrimento do habitat: “A criação geme em dores de parto (Rm 8,22)” lema esse que apenas descreve o sofrimento dos mananciais poluídos, das ruas estupefatas de dejetos não degradáveis ou do desmatamento ou desflorestamento irregular.

É em repúdio a essa estúpida realidade que a Campanha da Fraternidade e o Socializando o Direito deram as mãos e deixaram a inércia para atuar em benefício da sociedade e do bem comum. Já é hora de deixarmos de sermos coadjuvantes de nossa própria história para pegarmos o papel principal e mostrarmos que o jovem e a religião não são apenas conveniência, mas grandes atuantes na sociedade.

sábado, 19 de março de 2011

MARVIN

Meu pai não tinha educação
Ainda me lembro
Era um grande coração
Ganhava a vida
Com muito suor
E mesmo assim
Não podia ser pior
Pouco dinheiro
Prá poder pagar
Todas as contas
E despesas do lar...

Mas Deus quis
Vê-lo no chão
Com as mãos
Levantadas pr'o céu
Implorando perdão
Chorei!
Meu pai disse:
"Boa sorte"
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
E disse:
"Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer"...

E três dias depois de morrer
Meu pai, eu queria saber
Mas não botava
Nem os pés na escola
Mamãe lembrava
Disso a toda hora...

E todo dia
Antes do sol sair
Eu trabalhava
Sem me distrair
As vezes acho que
Não vai dar pé
Eu queria fugir
Mas onde eu estiver
Eu sei muito bem
O que ele quis dizer
Meu pai, eu me lembro
Não me deixa esquecer
Ele disse:
"Marvin, a vida é prá valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino
Eu sei de cor"...

-"E então um dia
Uma forte chuva veio
E acabou com o trabalho
De um ano inteiro
E aos treze anos
De idade eu sentia
Todo o peso do mundo
Em minhas costas
Eu queria jogar
Mas perdi a aposta"...

Trabalhava feito
Um burro nos campos
Só via carne
Se roubasse um frango
Meu pai cuidava
De toda a família
Sem perceber
Segui a mesma trilha
E toda noite minha mãe orava
Deus!
Era em nome da fome
Que eu roubava
Dez anos passaram
Cresceram meus irmãos
E os anjos levaram
Minha mãe pelas mãos
Chorei!
Meu pai disse:
"Boa sorte"
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
E disse:

"Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer"
"Marvin, a vida é prá valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor"...

Nando Reis e Sergio Britto depositaram nessa música a história de milhões de brasileiros que são obrigados a deixarem as escolas para sustentar a família. Muitos menores de idade sentem o peso de uma família inteira que vive na miséria, tentando diariamente lograr o alimento incerto, pois o que se consegue hoje não fornece a garantia de se repetir no amanhã. No campo e na cidade, nas ruas e no roçado e nos lixões da vida a realidade é sempre a mesma, o trabalho de crianças que busca complementar a renda doméstica. O verso “Mas não botava nem os pés na escola” descreve com precisão a evasão escolar dos meninos trabalhadores, esses que sacrificam o seu conhecimento e a possibilidade de uma realidade melhor para o imediatismo da fome. No entanto, o mais repugnante é perceber que essa mesma visão se repete por gerações, junto da inércia da sociedade e dos administradores eleitos por ela, e quem é a sociedade? Somos nós, nós que permitimos tal barbaridade acontecer por décadas sem remorso ou qualquer compaixão, nós que somos cúmplices sem dor na consciência e sem insônia, nós que permitimos a repetência do verso “o seu futuro eu sei de cor”, que representa o caráter perpétuo da miséria e do trabalho infantil tal como foi evidenciado pela música, assim é a sociedade mundial e é assim a realidade diária de muitos marvins.

terça-feira, 8 de março de 2011

8 DE MARÇO


É nesse dia que se comemora, internacionalmente, o dia da mulher. A origem desse dia está escrito na história da luta feminina pela capacidade de se sentirem amparadas pela igualdade diante de um pensamento retrógrado do homem de século XIX. Foi no ano de 1857, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, que um grupo de mulheres organizou uma greve a fim de conseguir melhores salários e condições dignas de trabalho em uma fábrica de tecidos, fato que se tornou motivo para serem incendiadas no local de trabalho, tragédia que resultou na morte de cerca de 130 tecelãs em um ato marcado pela crueldade. Desde então o dia 8 de março é considerado símbolo da luta feminista pela ascensão social.

A mulher tem conseguido posição de destaque na história mundial, desde Joana D’arc, que contribuiu para a vitória da França sobre a Inglaterra na Guerra dos 100 anos, até Dilma Houssef a qual é considerada a primeira mulher a ocupar o cargo de presidente do Brasil. A mulher também tem galgado posições de destaque na literatura, quem nunca se deliciou com os poemas de Clarice Lispector, os quais abordam problemas emocionais do eu-lírico, ou se identificou com os textos ou romances de Martha Medeiros que explora questões da mulher pós-moderna?

A voz feminina assaz se encontra em todos os estabelecimentos musicais, como a de Elis Regina, Maria Rita, Maysa e tantas outras que passam emoção e felicidade através da sua música. A presença do sexo feminino está cada vez mais acentuada também na política, para que Dilma Houssef se elegesse presidente da República Federativa do Brasil, foi necessário que Celina Guimarães Vianna aplainasse a trajetória da mulher no ingresso à política quando se tornou a primeira mulher a ter permissão para votar, figura feminina que abastece de orgulho o povo mossoroense.

É satisfatório ver o quão a mulher é importante para o crescimento de uma sociedade que ainda vigora características arcaicas de patriarcalismo, embora tenha sido, em grande parte, suplantada. Em pleno século XXI, a mulher ainda ganha menos que o homem, porém tem ocupado maior número de vagas nas universidades, tem ocupado postos de “chefia”, inclusive em clubes de futebol, esporte antes considerado exclusivamente masculino. Vale salientar que a figura feminina tem ganhado destaque no futebol, Marta Vieira da Silva, popularmente conhecida como Marta, tem provado de maneira solene o sucesso da mulher nos campos futebolísticos ao ser premiada como a melhor jogadora pela quita vez em 2011.

O fato é que as mulheres avançam diariamente em diversas areas de atuação, suprimindo, consecutivamente, a discrepância entre homens e mulheres. Nesse dia 8 de Março de 2011, o Jornal Nacional apresentou uma reportagem da qual afirmava que se homens e mulheres tivessem tratamentos iguais seria possível extinguir a fome mundial, no campo, por exemplo, aumentava 30% da produção alimentícia.

Mesmo com a realidade apresentada, a mulher despreza a denominação de “sexo frágil” para continuar galgando espaços e firmando o papel de protagonista na formação da sociedade. FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

terça-feira, 1 de março de 2011

RECOMENDO!

Uma obra de James C. Hunter a qual objetiva transparecer uma mensagem de vida que, por sua vez, ensina que a liderança não é conquistada por meio do autoritarismo, do poder ou do individualismo exacerbado, mas a verdadeira liderança é alcançada mediante o respeito, a doação, a vontade de crescer através do trabalho coletivo incentivado pela autoridade de um líder que sabe como satisfazer os anseios dos seus funcionários assim como os seus próprios.

A busca descontrolada pelo lucro e por uma situação financeira satisfatória tem assolado de forma excessiva a vida do homem pós-moderno, sendo, de maneira conseguinte e freqüente, vítima do seu próprio lado desumano.

James C. Hunter, em O monge e o executivo, procura solucionar essas questões negativas da pós-modernidade usando exemplos de grandes personalidades, como Mahatma Gandhi- exemplo de humildade e servidão ao povo indiano- para enriquecer a vida humana, além de ensinar a melhor maneira de liderar: mediante a prática do amor.

“Não tenho necessariamente que gostar dos meus jogadores e sócios, mas como líder devo amá-los. O amor é lealdade, o amor é trabalho de equipe, o amor respeita a dignidade e a individualidade. Esta é a força de qualquer organização.” Vince Lombardi