A relevância que a sociedade atual proporciona ao culto pela boa forma mostra-se assaz demasiada. Homens e mulheres bonitas chamam atenção por onde passam, sendo admirados e requisitados pelos telespectadores, herança herdade dos gregos que mantinham o vigor físico essencial para a qualidade de vida; no entanto, até onde essa beleza é importante para as relações humanas?
É certo que pessoas bonitas se tornam mais interessantes em curto prazo, a maioria- em geral- tem interesse em conhecer e se relacionar com elas quando as vêem pela primeira vez. Entretanto, à medida que o tempo transcorre, a beleza acaba perdendo o brilho dando lugar para outros quesitos que são, verdadeiramente, importantes para manter uma relação interpessoal. O carisma, a simpatia, a capacidade de tecer sobre assuntos do cotidiano, como política, economia, estudos enfim, são quesitos exigidos após a admiração pelo físico.
Não só nas relações entre pessoas, mas também no mercado de trabalho essa realidade é verificada, a boa aparência é julgada em primeira instância, depois vem a capacidade profissional do candidato a vaga de emprego. Vale, ainda, salientar que uma pessoa inteligente e bonita quase sempre tem êxito no mercado, não obstante a beleza tem prazo de validade e o que realmente se torna relevante é a excelência do trabalho.
Isso mostra que a sociedade hodierna, embora venha cultuando bastante a beleza física, não a torna unicamente importante, é preciso complementos que mantenham a admiração e o respeito dos terceiros, “derrubando”, gradualmente, a hipocrisia impregnada na essência humana e dando relevância ao caráter e à conduta moral das pessoas.
Assim como dizia William Shakespeare: Ó beleza! Onde está tua verdade?